O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), reforça a orientação sobre os malefícios do fumo e o incentivo ao tratamento contra a dependência. O tema é destacado nesta terça-feira, 29 de agosto, Dia Nacional de Combate ao Fumo. Desde sua instituição, em 1986, pela Lei Federal número 7.488, a iniciativa busca fortalecer as ações de sensibilização e mobilização da população brasileira sobre os riscos à saúde e os impactos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo consumo de tabaco.
Para este ano, o tema da campanha é “Sabores e aromas em produtos derivados de tabaco: uma estratégia para tornar a população dependente de nicotina”.
A Secretaria da Saúde realiza diversas ações para fortalecer a conscientização e o combate ao uso do tabaco, como a capacitação de equipes para atuar neste processo, avaliação odontológica para prevenção de câncer bucal, palestras para públicos de interesse no tema.
Uma das principais abordagens empregadas no Paraná é o Programa de Cessação do Tabagismo, que tem como objetivo reduzir os índices deste hábito e encorajar o fumante a buscar assistência. O tratamento é supervisionado pelo governo estadual e ofertado em 980 estabelecimentos de saúde distribuídos em 296 municípios, seguindo as diretrizes do Protocolo Clínico do Ministério da Saúde.
O período de tratamento recomendado é de 12 meses, abrangendo avaliação, intervenção e manutenção da abstinência. Ao longo do último ano, 8.465 pessoas participaram do programa, que busca modificar a percepção do usuário em relação ao vício.
“O tabagismo é um grande desafio da saúde pública, pois age de maneira silenciosa e pode ser um fator para o desenvolvimento de diversas doenças crônicas, como câncer e complicações pulmonares e vasculares”, afirma o secretário da Saúde, Beto Preto. “Outro importante debate surgiu, relacionado aos malefícios do cigarro eletrônico. Por isso, é nosso papel não somente fornecer o apoio em saúde como comunicar e provocar a reflexão”.
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ATENDIMENTO – No Estado, equipes multidisciplinares de profissionais de saúde são responsáveis pelo cuidado às pessoas que fumam. Esse atendimento é focado principalmente na atenção primária e se baseia na abordagem cognitiva para promover a mudança de comportamentos e a adoção de hábitos saudáveis.
Esse cuidado inclui acolher o paciente, avaliar o risco, fornecer suporte ao tratamento, facilitar o acesso a exames e medicamentos e capacitar os profissionais de saúde. Segundo estimativas da OMS, o fumo é responsável por 71% das mortes por câncer de pulmão, 42% das doenças respiratórias crônicas e aproximadamente 10% das doenças cardiovasculares, além de ser fator de risco para doenças transmissíveis, como a tuberculose.