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Nova fase do Desenrola renegocia R$ 2 bilhões de 590 mil brasileiros

Mais de 1 milhão de débitos, que totalizavam R$ 2,1 bilhões, foram renegociados por R$ 262 milhões. Imagem: site oficial do Desenrola

Pernambucana de Jaboatão dos Guararapes, a auxiliar administrativa Joana D’arc Batista passou a dormir mais leve nas últimas semanas. Duas das dívidas que ela tinha com bancos foram equacionadas com descontos substanciais. “Em um banco, a dívida era de R$ 360 e, com o Desenrola, paguei R$ 90. Em outra, o débito era de R$ 650 e paguei R$ 214,88. Consegui juntar ambas e parcelar em duas vezes com juros bem baixos”, resume.

O próximo passo para ela é receber o pagamento do 13º salário e renegociar a única dívida que ainda lhe resta, de maior valor. No aplicativo do banco em que é cliente, ela conta que o valor total exibido na tela do celular é de R$ 15 mil. “No Desenrola, eles não declararam o valor que estavam me cobrando. Declararam pouco mais de R$ 7 mil e deram o desconto para R$ 430”, celebra.

Lançada em 9 de outubro, a plataforma do Desenrola facilitou a concessão de mais de R$ 1,8 bilhão em descontos até o dia 2 de novembro, segundo informações do Ministério da Fazenda. Durante esse período, mais de 1 milhão de débitos, que totalizavam R$ 2,1 bilhões, foram renegociados por R$ 262 milhões. Mais de 590 mil pessoas aproveitaram a oportunidade para renegociar as dívidas.

O desempenho sinaliza a confiança e aceitação da plataforma por parte da sociedade, que agora tem acesso a uma solução eficaz para a gestão financeira. Além disso, os resultados refletem o potencial do programa de oferecer caminhos viáveis e sustentáveis para que a população brasileira volte a ter crédito.

“A plataforma agiliza muito. Ajuda por podermos fazer de qualquer lugar, sem precisar enfrentar filas gigantescas em bancos e você mesmo escolhe em qual banco quer negociar, sem contar o prazo para começar a pagar. Sem o Desenrola, eu tenho certeza de que, infelizmente, não teria condições de quitar tudo rapidinho como está sendo”, completou Joana D’arc.

Além da funcionalidade de negociação de dívidas, uma página na plataforma do Desenrola reúne dicas e conteúdos gratuitos de educação financeira para que as pessoas evitem voltar ao endividamento. Segundo Joana, o juro rotativo do cartão de crédito foi o principal fator que contribuiu para que ela se complicasse. “Quero aprender mais sobre como lidar com o meu dinheiro, para não cair nessas armadilhas novamente”, disse.

O PROGRAMA – Esta etapa do Desenrola é realizada por meio da plataforma no gov.br e inclui dívidas bancárias – como cartão de crédito ­- e contas atrasadas de outros setores, como eletricidade, água e saneamento e comércio varejista, entre outros. O programa também permite que o beneficiário do programa escolha o banco de sua preferência para fazer a renegociação com parcelamento.

Os débitos podem ser quitados à vista ou financiados em até 60 meses, sem necessidade de entrada. A taxa de juros é de até 1,99% ao mês e o beneficiário pode optar em pagar com a primeira parcela vencendo em até 59 dias.

Após a renegociação efetuada, a entidade operadora realiza o pagamento perante os credores, que, após o recebimento, têm até cinco dias para ‘desnegativar’ o nome dos clientes junto aos bureaus de crédito. Essa etapa do programa Desenrola Brasil vai até 31/12/2023, por meio do site desenrola.gov.br.

QUEM PODE – São elegíveis para renegociação as dívidas que foram negativadas entre os anos de 2019 e 2022. Para entrar na Plataforma do Desenrola Brasil e fazer a renegociação, é preciso estar cadastrado no GOV.BR com certificação ouro ou prata. É importante que os cidadãos providenciem o seu cadastro no portal oficial do governo. As orientações podem ser obtidas por meio do site www.gov.br/conta.

FAIXA 2 – Os resultados da plataforma se somam à etapa do Desenrola de renegociação com as instituições financeiras – Faixa 2 -, que acumula um total de R$ 20,5 bilhões renegociados entre julho e outubro. No período, a iniciativa possibilitou a negociação de 2,8 milhões de contratos, beneficiando 2,2 milhões de clientes bancários. Na primeira etapa do programa, também foram ‘desnegativados’ 10 milhões de registros de clientes que tinham dívidas bancárias de até R$ 100.

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