Segundo ele, a preocupação é com a vida. “Até o momento não tivemos óbitos, mas com o avanço da doença tememos por nossas gestantes, crianças (que desidratam muito rápido) e idosos (que geralmente por já terem uma comorbidade) são mais suscetíveis ao agravamento da doença. A dengue mata”, alerta o prefeito.
De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), no último período epidemiológico (2022/2023), finalizado em 31 de julho deste ano, foram registradas 108 mortes por dengue em todo o Paraná. Durante a reunião de emergência, que contou com a participação do secretário Municipal de Saúde, Emídio Bachiega, do superintendente de Vigilância em Saúde, Marcelo Viana, do coordenador da Divisão de Vigilância Epidemiológica, Luciano Simplício Sobrinho, e do coordenador do setor de Combate a Endemias, Mauro de Aguiar Almeida, Júnior observou que o aumento do número de casos é um fenômeno que tem atingido todo o país, tendo como principal agente a mudança climática.
“Com um ano atípico, onde praticamente não houve inverno e registrou-se muita chuva e calor, as estatísticas mostram o aumento da dengue em vários municípios, não só em Apucarana. Londrina e Maringá, por exemplo, que são nossa área de abrangência, também registram três vezes mais casos do que no mesmo período do ano passado, um quadro preocupante que necessita de resposta rápida, por isso contamos com a mobilização de toda a população, onde as pessoas devem, mais do que nunca, estarem diariamente atentas ao quintal, as calhas, ao seu comércio, à sua indústria, ao seu terreno não edificado, à sua obra, enfim, atendo à sua comunidade para eliminar todo potencial criadouro do mosquito Aedes Aegypti, que é o vetor da dengue, da zika e chikungunya”, solicitou o prefeito.
Júnior da Femac pondera que o cenário é realmente preocupante e deve ser encarado com muita seriedade. “Estamos apenas no início de um período crítico para a dengue, que é o verão, onde temos muita chuva e calor, e não podemos permitir o avanço da proliferação do mosquito, que levaria o município a uma epidemia”, observa o prefeito. De acordo com ele, no caso de Apucarana, um estado epidêmico estaria instalado a partir do registro de 412 casos dentro do ciclo epidemiológico. “Não queremos que vidas sejam perdidas para este mosquito. Dengue mata”, reforçou Júnior.
Além de alerta à população, foram definidas como estratégias imediatas de combate à dengue a intensificação de ações com as equipes de agentes comunitários de endemias, atividades de treinamento com profissionais de saúde, como técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos, reforço do estoque de medicamentos e insumos necessários ao tratamento da doença, ações de educação junto a rede municipal e estadual de ensino, entre outras atividades. “O crescimento do número de casos preocupa, pois revela que o vírus e o mosquito estão circulando por toda a cidade. Orientamos as pessoas a, qualquer sintoma da doença, procurar imediatamente atendimento médico”, diz Marcelo Viana, superintendente de Vigilância em Saúde. Ele destaca que o mosquito transmissor procria em todo tipo de ambiente com água. “Na calha, na grelha, no ralo do banheiro, atrás da geladeira, no copinho plástico e vaso no quintal, na forminha com água, tem que eliminar tudo isso”, orienta o superintendente.