O julgamento prosseguirá sem o depoimento de Trump e uma sentença deve ser anunciada no fim de janeiro. No mês passado, Trump respondeu a um interrogatório da Promotoria, que o acusa de exagerar o valor de suas propriedades em bilhões de dólares para obter empréstimos bancários e condições de seguros mais favoráveis. Em 6 de novembro, ele enfrentou os procuradores por quatro horas e deu algumas respostas ásperas, o que provocou a repreensão do juiz Arthur Engoron, que alertou o candidato republicano que “isto não é um comício político”.
No domingo, Trump afirmou que já testemunhou “com muito sucesso e de maneira conclusiva” no caso. O império imobiliário de Trump está em risco devido ao processo civil apresentado pela procuradora-geral de Nova York, Letitia James, e por uma de uma série de ações que ele enfrenta antes da eleição presidencial de 2024. Antes mesmo das alegações iniciais, Engoron decidiu que o gabinete de James apresentou “evidências conclusivas” de que Trump havia exagerado seu patrimônio líquido em documentos financeiros em algo entre 812 milhões de dólares e US$ 2,2 bilhões entre 2014 e 2021.
O juiz ordenou a liquidação das empresas que administram os ativos em questão, como a Trump Tower e o arranha-céu ’40 Wall Street’ em Manhattan, uma decisão que é alvo de um recurso. Ao contrário de algumas batalhas jurídicas de Trump – incluindo o processo criminal em que é acusado de conspirar para anular as eleições de 2020 -, o processo apresentado por James, uma democrata, não representa risco de pena de prisão.
*Com informações da AFP