No último dia 19 de junho, quarta-feira, o Dia do Cinema Nacional foi celebrado, mas os motivos para comemoração são escassos. A Associação Brasileira dos Produtores de Filmes (Abraplex) e a Federação Nacional das Empresas Exibidoras de Cinema (Fenec) divulgaram dados preocupantes sobre a arrecadação dos filmes brasileiros exibidos no segundo trimestre. De acordo com essas organizações, os ingressos para produções nacionais representam apenas 5% do total vendido.
Para efeito de comparação, no primeiro trimestre de 2024, os filmes brasileiros alcançaram uma fatia de 25% das vendas de ingressos no país. Esse aumento significativo se deve, em grande parte, à estreia de “Minha Irmã e Eu”, o primeiro filme brasileiro a atrair um milhão de espectadores em sua história. No entanto, a recente sanção da “Cota de Tela” pelo presidente Lula resultou em um aumento na quantidade de filmes nacionais em cartaz.
Apesar desse aumento na oferta de produções brasileiras, os dados divulgados indicam que o público ainda não abraçou completamente esses filmes. A preocupação reside nessa questão. Antes da implementação da Cota de Telas, os filmes nacionais costumavam ser exibidos em horários menos comerciais, geralmente no início da tarde.
Em 2022, apenas 4,2% dos frequentadores de cinemas optaram por assistir a um filme nacional. Agora, a partir desta quinta-feira, dia 20, os filmes brasileiros enfrentarão um grande concorrente: “Divertida-mente 2”, que arrecadou impressionantes US$ 155 milhões apenas em seu fim de semana de estreia nos Estados Unidos. A competição acirrada coloca em evidência os desafios que os cineastas brasileiros enfrentam para conquistar o público local.
Fonte: Linhagem Geek