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30 anos do tetra: a trajetória da Seleção Canarinho até a final nos Estados Unidos

Reprodução

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A troca de treinadores durante um ciclo de Copa do Mundo não é novidade para a Seleção Brasileira. Em 17 de julho de 1994, no estádio Rose Bowl, Carlos Alberto Parreira comandava o Brasil rumo à conquista do tão cobiçado troféu. No entanto, a preparação para o torneio havia começado sob o comando de Paulo Roberto Falcão, demitido em 1991 após alcançar o vice-campeonato na Copa América daquele ano. Vanderlei Luxemburgo chegou a ser cogitado, mas Parreira foi o escolhido para liderar a campanha nas eliminatórias, perdendo apenas uma das oito partidas disputadas.

Campanha Irretocável Até a Final

No Grupo B, a Seleção Brasileira venceu a Rússia por 2 a 0, Camarões por 3 a 0 e empatou com a Suécia em 1 a 1, classificando-se para o mata-mata como uma das favoritas ao título. Nas oitavas de final, um gol de Bebeto contra os Estados Unidos garantiu a passagem para as quartas de final, onde enfrentaria a poderosa Holanda, com craques como Ronald Koeman, Frank Rijkaard, Marc Overmars e Dennis Bergkamp. A vitória emocionante por 3 a 2 foi selada com uma cobrança de falta do lateral-esquerdo Branco. Na semifinal, um novo encontro com a Suécia foi decidido pelo único gol de Romário, garantindo a presença dos “canarinhos” na final contra a Itália.

Itália: Uma Adversária de Peso

A Itália chegou à final após uma fase de grupos decepcionante, terminando em terceiro lugar no Grupo E — que contava com México, Irlanda e Noruega — com uma vitória, um empate e uma derrota, avançando apenas pelo saldo de gols. No entanto, a equipe se apoiava no talento de Roberto Baggio. No mata-mata, com atuações brilhantes de seu principal jogador, a Azzurra superou Nigéria, Espanha e Bulgária.

A Decisão no Calor de Pasadena

A final, disputada sob um calor superior a 30 °C, foi marcada por duelos intensos entre Romário, Bebeto e Mazinho contra a lendária dupla de zaga italiana, Paolo Maldini e Franco Baresi. Apesar das 24 finalizações brasileiras, o jogo terminou empatado em 0 a 0. O chute de Mauro Silva, aos 29 minutos do segundo tempo, que acertou a trave, foi um dos momentos mais dramáticos. A decisão foi para os pênaltis, proporcionando uma das cenas mais icônicas do futebol.

Cobranças de Pênaltis: O Clímax

Com a cobrança errada de Roberto Baggio, o Brasil conquistou o tetracampeonato mundial, imortalizando a imagem de “o homem que morreu em pé”.

Fonte: Jovem Pan

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