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Não é meu circo, não são meus macacos. Mas…

Seja este um ditado polonês ou uma citação inglesa, a sua aplicação no cotidiano da sociedade atual deveria ser mais constante. Contudo, impossível não estarmos atentos aos acontecimentos que nos rodeiam, mesmo que não sejam (aparentemente) de nossa conta.

Como todo ano eleitoral, as redes a cada dia nos trazem um absurdo diferente. Mas, percebo que este ano, as coisas começaram a ficar mais sérias. Política, de fato, passou a ser um jogo perigoso. E não falo somente do risco de se tomar uma cadeirada em rede nacional.

Paira no ar, como a fumaça que cobre todo território brasileiro, o medo de ter restrito (ou até mesmo abolido) o direito conquistado a mais duras penas: a liberdade.

Ser livre para dizer, pensar, ou até mesmo expressar ideias não me parece mais um direito, mas sim uma pequena concessão com limites. E quem tem imposto estes limites não foi eleito pelo povo, não tem confiança de uma nação e já provou ao mundo suas intenções torpes e desprezíveis. Nem maquiavélicas, visto que não se enxerga um bom fim, a partir disso tudo.

Dizer que não é da nossa conta o que está acontecendo ou que não nos atinge diretamente, é fechar os olhos a uma realidade que sim, já está batendo a nossa porta. A liberdade já não se faz presente de forma plena, como uma garantia que sabíamos ter e que poderíamos usar quando necessário. Agora, assim como em alguns períodos da história, pensar (duas ou três vezes, de preferência) antes de dizer ou publicar algo, está se tornando prática diária. E qual a punição, caso a mensagem desagrade o Grande Irmão? Mordaça, censura, cadeia.

É incrível ver na prática como a história se repete. Assim como na Revolução Francesa, onde os “iluminados” lutaram pelos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, hoje vemos uma elite autodenominada intelectual defendendo tais bandeiras, mas na prática, pregando a guilhotina àqueles cujas ideias e posicionamentos desagradam. As atrocidades cometidas por Vossas Excelências são aplaudidas pelos jacobinos atuais, como se fossem vitórias, sem nem imaginarem que logo eles próprios estarão prestes a perder suas cabeças.

Política não se faz apenas no palanque, no púlpito ou de bairro em bairro apertando mãos. Tudo começa na formação de pessoas, na cultura e na educação. E como fazer isso de forma honesta e correta, com o olho de Sauron Prestes a nos encontrar?

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