O Governo do Estado vai impulsionar o programa Água no Campo a partir de 2025 com a aquisição de três novas sondas roto-pneumáticas, máquinas usadas para investigação de terrenos e coleta de amostras de solo e água subterrânea visando a perfuração de poços artesianos. O investimento é de R$ 24 milhões e tem por objetivo entregar 200 equipamentos no ano que vem, um incremento de 72% em relação a 2024 – o planejamento do Instituto Água e Terra (IAT), órgão responsável pelo projeto, é finalizar esse ano com a construção de 116 poços.
Além disso, mais R$ 7,6 milhões serão aplicados a partir de um convênio com o governo federal para atendimento de outras 12 comunidades rurais de seis municípios do Paraná: Nova Prata do Iguaçu, Cruzeiro do Iguaçu, Reserva do Iguaçu, Nova Tebas, Altamira do Paraná e Capanema.
De acordo com a regulamentação do programa, o IAT fica responsável por fornecer os equipamentos de perfuração, kits contendo bomba, cabos, quadro de comando, reservatório com 10 mil ou 20 mil litros de capacidade e a equipe técnica para supervisionar a obra. Já as prefeituras locais disponibilizam o terreno para perfuração e os materiais usados na construção, como tubos de revestimento, filtros, combustível, areia, brita e cimento.
Gerente do IAT responsável pelo programa, Ronye Pascoalotto explica que as novas máquinas poderão alcançar até 550 metros de profundidade, 150 a mais em relação ao nível atual, otimizando a busca por água em regiões de difícil acesso em pontos do Oeste e Noroeste do Estado. “Nós executamos a perfuração, fazemos o teste de vazão, análise química e bacteriológica, e entregamos tudo pronto para o município”, afirma.
“Essa água, de qualidade, transforma a vida de uma comunidade. Sempre lembro de 12 famílias que moravam em Arapoti, nos Campos Gerais, e tiveram de abandonar suas casas porque o poço da região secou e eles não tinham mais água para beber. Depois que perfuramos um novo poço, as famílias voltaram para a comunidade, para suas casas”, acrescenta.
Após a conclusão dos serviços de perfuração, fica sob responsabilidade da prefeitura a regularização da área de uso em comum, a operacionalização do poço (bomba, reservatório, energia e adução) e a solicitação da outorga de uso do manancial.
Para a perfuração de um poço artesiano é necessário anuência do IAT. Após essa etapa, é preciso possuir a outorga de direito do uso das águas. Os requerimentos podem ser protocolados por meio do Sistema de Informações para Gestão Ambiental e de Recursos Hídricos (SIGARH)
Fonte: AEN