Jensen Huang critica políticas de exportação que resultaram em perdas bilionárias e impulsionaram concorrência chinesa
Durante a Computex 2025, em Taipei, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, classificou as restrições dos Estados Unidos à exportação de chips de inteligência artificial para a China como um “fracasso”. Segundo Huang, as medidas não apenas reduziram a participação de mercado da Nvidia na China de 95% para 50% em quatro anos, mas também estimularam empresas chinesas a desenvolverem suas próprias soluções, com apoio governamental.
As restrições, iniciadas em 2022 e intensificadas sob as administrações Biden e Trump, visavam limitar o acesso da China a tecnologias avançadas. No entanto, Huang argumenta que essas políticas tiveram o efeito contrário, acelerando o desenvolvimento tecnológico chinês.
A Nvidia enfrentou perdas significativas devido às restrições, incluindo um prejuízo de US$ 5,5 bilhões relacionado ao estoque do chip H20, desenvolvido especificamente para o mercado chinês. Além disso, a empresa projeta uma perda adicional de até US$ 15 bilhões em receitas futuras.
Apesar das críticas, Huang elogiou a decisão do ex-presidente Donald Trump de reverter algumas das restrições, considerando-a uma abordagem mais eficaz para manter a competitividade dos EUA no setor de tecnologia.
A Nvidia continua a buscar alternativas para atender ao mercado chinês, incluindo o desenvolvimento de novos chips e a otimização de softwares, visando mitigar os impactos das restrições e manter sua presença em um mercado altamente competitivo.
Fonte: Olhar Digital