Ícone do site RCCNews

Crise em abrigo infantil de Maringá: MP aciona prefeitura por fugas em massa e descumprimento de decisões judiciais

Foto ilustrativa: Mikhail Nilov/ pexels.com

Após relatos de fugas diárias, superlotação e falhas estruturais, o Ministério Público do Paraná ingressa com ação civil pública contra o município de Maringá — enquanto crianças seguem expostas a riscos sem respostas efetivas.

O Ministério Público do Paraná moveu uma ação de execução contra o Município de Maringá por descumprir decisão judicial que determinava reformas no Abrigo Provisório Infantil. O MP aponta falhas graves, como fugas diárias de acolhidos e estrutura inadequada. A decisão original previa medidas urgentes, mas a prefeitura não as cumpriu. O MP requer aplicação de multa e responsabilização dos gestores, destacando o risco à integridade física e emocional das crianças.


Situação atual do abrigo:



Funcionários e o Conselho Tutelar apontam também casos de violência, uso de spray de pimenta e agressões físicas por guardas municipais contra crianças e adolescentes Os responsáveis foram afastados e investigados pelo Nucria e pelo MP-PR


Em nota, a Prefeitura afirma que mudou o abrigo para um novo prédio e iniciou obras de reforma em sistemas hidráulicos, elétricos, telhado e espaços de convivência. Alega, ainda, que tudo está sendo acompanhado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e informado ao Judiciário
O uso de parte dos R$ 25 milhões do orçamento não utilizado por vereadores foi sugerido para reforçar abrigos, mas as decisões ficam para a próxima gestão .


Próximos passos e riscos


Contexto

O abrigo infantil é regido pelo Art. 98 do ECA e sua manutenção é dever do Estado. O descaso com infraestrutura e segurança pode configurar violação de direitos fundamentais e gerar responsabilidades civis e criminais para o município.

Sair da versão mobile