Política

“Ratinho Jr. é Robin Hood às avessas, mais impostos aos pobres, e privilégios aos ricos”, compara deputado Arilson

Robin Hood às avessas. Esse foi o termo usado pelo deputado Arilson Chiorato (PT) na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep)...

Robin Hood às avessas. Esse foi o termo usado pelo deputado Arilson Chiorato (PT) na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) nesta terça-feira (21/11) para definir o anúncio sobre o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de 19% para 19,5% feito pelo governador Ratinho Jr. horas antes durante uma entrevista.

“Enquanto eleva o imposto sobre o consumo, isenta megaempresários com uma renúncia fiscal de R$ 20 bilhões. O governador é uma espécie de Hobin Hood às avessas. Tira dos mais pobres para manter privilégios dos mais ricos”.

Vice-líder da Oposição na Casa, o parlamentar também revelou a manobra política do governador para tentar impedir a aprovação da Reforma Tributária. Ele citou como exemplo, deputado federal que exercia a função de secretário voltou a ocupar o mandato em Brasília.

“Eu sei que não podemos nem devemos acabar com toda renúncia de receita. Só que tenho certeza que se revisarmos a estrutura de renúncia que temos hoje, encontraremos espaço para aumentar os recursos do Estado nos R$ 3 ou R$ 4 bilhões que Ratinho pretende abocanhar dos trabalhadores paranaenses”, afirmou.

“Ao elevar ainda mais os tributos sobre o consumo ao mesmo tempo em que amplia a renúncia fiscal para os grandes empresários, Ratinho se mostra um verdadeiro Robin Hood às avessas. Enquanto Robin Hood roubava dos ricos para distribuir aos pobres, Ratinho toma dos pobres para manter os privilégios dos mais ricos”.

O deputado Arilson frisou que os mais ricos pagam pouco sobre a renda, já que no Brasil a transferência de “lucros e dividendos” para os proprietários das empresas é isenta de imposto de renda. Situação diferente dos assalariados, que têm o imposto de renda retido na fonte.

Para explicar a situação, o deputado Arilson usou o seguinte um caso hipotético. “Se um trabalhador ganha R$ 3 mil por mês, além de ter seu imposto de renda retido na fonte, e gasta os R$ 3mil para sobreviver. Ou seja, é tributado em 100% do que ganha. Na outra ponta, seu patrão que recebe da empresa uma transferência de lucros de R$ 50 mil por mês, não paga imposto de renda, apenas quando vai às compras. Ou seja, é um sistema injusto e perverso”.



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