A confusão aconteceu após a juíza frisar que o depoente deveria se referir a ela como “excelência”. O homem pede desculpas, mas afirma, logo em seguida, que não é obrigado a chamá-la dessa maneira.
Kismara diz, então, que não iria considerar o depoimento de Leandro. A testemunha continua falando, mas a juíza o interrompe com mais gritos, chamando-o de “bocudo”. A testemunha foi retirada da sala pelos moderadores do local.
Com o depoente fora da sala virtual, a juíza justifica que a ação foi motivada pela “falta de educação” de Leandro. “Não cumpriu com a urbanidade e a educação”, disse, referindo-se à testemunha.
O caso aconteceu no dia 14 de novembro, na Vara de Trabalho de Xanxerê. A Ordem dos Advogados do Brasil seção Santa Catarina (OAB-SC) publicou um comunicado nesta terça-feira, 28, dizendo que Kismara Brustolin “apresentou atitudes e comportamentos agressivos para com os advogados, partes e testemunhas” e solicitando “providências urgentes”.
Em resposta, a presidência e a Corregedoria Regional do TRT-SC afirmaram na noite desta terça que decidiram pela “imediata suspensão da realização de audiências pela magistrada, sem prejuízo do proferimento de sentenças e despachos que estejam pendentes, salvo recomendação médica em contrário”.
Segundo os órgãos, “a suspensão da realização de audiências será mantida até a conclusão do procedimento apuratório de irregularidade ou eventual verificação de incapacidade da magistrada, com o seu integral afastamento médico”.