Segundo a PF, a ação é um desdobramento da Operação Au92, executada em março de 2022 pela corporação no Amapá. Na ocasião, o objetivo era investigar o comércio ilegal de ouro e urânio. Na oportunidade, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão preventiva foram cumpridos nos estados do Amapá, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Norte e Tocantins.Foi então que a PF suspeitou da existência de uma quadrilha composta por empresas sediadas nos estados do cumprimento das buscas, que possivelmente adquirem o produto ilícito através de intermediários de compra e venda e, na sequência, nacionalizar o ouro e assim, enviá-lo para o exterior.
O grupo teria adquirido ouro proveniente de países da África, especialmente Serra Leoa, e nacionalizá-los, dando uma falsa roupagem de legalidade à produtos de origem não declarada. De acordo com as investigações, o grupo teria movimentado toneladas de ouro e vinha armazenando esse minério em casas de custódia. Os suspeitos poderão responder pelos crimes de usurpação de bens da união, organização criminosa, receptação dolosa e lavagem de capitais. Em caso de condenação, poderão pegar uma pena de até 27 anos de reclusão, mais pagamento de multa.