De acordo com Kignel, essa concordância é um avanço significativo, pois elimina qualquer discussão sobre a validade do testamento. Ele ressalta que os herdeiros poderiam questionar alguma cláusula testamentária, mas o fato de concordarem demonstra o respeito à vontade de Pelé.
O próximo passo será a conclusão do inventário dos bens de Pelé, para o qual estima-se uma fortuna de R$ 78 milhões. Edinho, filho mais conhecido do Rei, foi nomeado inventariante com a aprovação dos irmãos, após Márcia Aoki abrir mão dessa função. O ex-goleiro argumentou que está mais familiarizado com os negócios da família e, por isso, pediu para administrar a herança do pai.
Além disso, os filhos de Pelé estão realizando exames laboratoriais para verificar a existência de uma nova filha do Rei do Futebol. Maria do Socorro Azevedo moveu uma ação de paternidade contra Pelé, alegando ser sua filha e, portanto, herdeira legítima da herança. O próprio Pelé mencionou a possibilidade de ter outra filha em seu testamento. Caso o teste de DNA comprove a paternidade, a partilha dos bens terá que ser ajustada para incluir essa nova pessoa.
No testamento assinado em 2020, Pelé destinou 30% de seus bens para Márcia, incluindo uma casa no Guarujá. Os outros 60% serão divididos entre os seis filhos e a enteada, enquanto 10% serão destinados a dois netos. Caso Maria do Socorro seja reconhecida como herdeira legítima, ela também terá direito a parte dos 60% destinados aos filhos.
Márcia se casou com Pelé em 2016, quando ele já tinha 75 anos, e é a terceira esposa do ex-jogador. Pelé foi casado anteriormente com Rosimeri Cholbi e Assíria Nascimento, uma cantora gospel. Ele teve três filhos com Rosimeri, dois gêmeos com Assíria e uma filha com Anísia Machado, que foi reconhecida como sua filha anos depois por meio de um exame de DNA.