Dados disponibilizados pela Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA) indicam que as religiões mais predominantes no mundo são o cristianismo (31,4% da população mundial), o islamismo (23,2%) e o hinduísmo (15%). Sendo assim, em 25 de dezembro, nem metade do planeta celebra o Natal – data em que se comemora o nascimento de Jesus.
Além do islamismo e do hinduísmo, culturas como o budismo, o judaísmo e o taoísmo são algumas das quais não seguem as mesmas crenças cristãs. Cada uma tem seus dogmas, peculiaridades e até calendários diferentes.
Países islâmicos, como Indonésia, Paquistão, Bangladesh, Turquia, Egito, Nigéria, Líbia, Irã, não se baseiam nos preceitos cristãos. Para esses povos, são mais relevantes os ensinamentos de Maomé, profeta que teria vivido entre os anos 570 e 632, posteriores a Jesus.
Jesus Cristo, segundo eles, foi apenas um dos cinco profetas que vieram trazer a palavra de Deus ao homem. Por isso, eles mantêm uma relação de respeito com a data, mas não a consideram sagrada.
Nações predominantemente budistas, como Vietnã, China, Tibet, Camboja, Coreia do Sul, Butão, Burma, Hong Kong, Japão, Mongólia, Cingapura, Sri Lanka, Tailândia, não se envolvem com o nascimento de Jesus. Embora admirem e respeitem a tradição, para esses povos Jesus é considerado um “Bodhisattva”: um ser de sabedoria elevada, que segue uma prática espiritual que visa superar dificuldades e beneficiar todos os demais seres.
Outra cultura que reconhece a existência de Jesus, mas não o vê como divindade são os judeus. Eles não comemoram nem o Natal nem o Ano Novo da mesma forma que os cristãos.
Para essa cultura, principalmente em Israel, a comemoração de fim de ano é o Hanukah, que significa festa das luzes em hebraico e lembra as vitórias contra a opressão, a discriminação e a perseguição religiosa. A data marca a vitória dos judeus sobre os gregos há mais de dois mil anos, na batalha pela liberdade de seguir a sua religião.
Cultura tradicionalmente presente na Índia, o hinduísmo também não celebra o Natal. Essa religião tem como principais celebrações Durga Puja, o Dasara, o Ganesh Puja, o Rama Navami, o Krishna Janmashtami, o Diwali, o Holi e o Baishakhi. Essas festividades relacionadas a energias, danças e cantos, têm apenas um significado: adorar a “energia Divina”.
Na China, a religião predominante é o taoísmo, que não faz qualquer referência ao Natal. Essa cultura tem inúmeras outras datas em que se comemora o nascimento de grandes mestres ou a ascensão deles.
O Ano Novo chinês, comemorado segundo o calendário lunar, é uma data flutuante. Em 2023, foi comemorado em 22 de janeiro. Já em 2024, será em 4 de fevereiro.