Vacina reduziu risco de morte pela doença
Recentemente, os resultados dos ensaios clínicos mostraram uma melhora nas possibilidades de sobrevivência de pacientes, graças à vacina da Moderna. A tecnologia utilizada no imunizante é o RNA mensageiro (RNAm).
Em um estudo com 157 pessoas com melanoma avançado, a vacina, em combinação com o fármaco de imunoterapia Keytruda, do laboratório MSD, reduziu o risco de morte em 49% dos casos durante um período de três anos.
Em 2022, a Moderna já havia anunciado resultados de acompanhamento de dois anos que mostraram uma redução do risco de 44%.
Próximos passos
Em 2024, a Moderna vai realizar um estudo mais amplo com o imunizante.
Cerca de mil pessoas devem participar da fase 3 dos testes, o que podem acelerar o processo de autorização para o uso da vacina, conhecida como ARNm-4157m.
Tanto a Food and Drug Administration dos Estados Unidos (FDA) como a Agência Europeia de Medicamentos colocaram a terapia em uma via de revisão acelerada.
Os órgãos são semelhantes à Anvisa no Brasil.
Para se preparar para o lançamento da vacina no mercado, a Moderna está construindo uma nova fábrica em Massachusetts para ter um fornecimento abundante, um requisito da FDA.
A esperança da empresa é combinar essa nova vacina contra o câncer com “biópsias líquidas”, testes inovadores que detectam sinais de tumores pela análise de sangue, e que começaram a estar disponíveis nos Estados Unidos.
Quanto mais rápido puder se detectar o câncer, melhor funcionarão os novos medicamentos da Moderna.
Outras empresas, como a BioNTech, também estão trabalhando em vacinas terapêuticas individualizadas contra a doença.
Apenas em 2020 foram registrados, em nível mundial, 325 mil novos casos e 57 mil mortes causadas pelo câncer de pele.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são 8.980 casos e 1.832 mortes por ano no Brasil.