Tecnologia

Governo e instituições discutem ações para impulsionar ambientes tecnológicos até 2030

Direcionar ações, projetos e programas voltados à promoção de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) foram os objetivos da primeira reunião...

Foto: SETI/Divulgação

Direcionar ações, projetos e programas voltados à promoção de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) foram os objetivos da primeira reunião de planejamento estratégico do Sistema Estadual de Parques Tecnológicos do Paraná (Separtec) deste ano. O resultado do encontro vai orientar a destinação de recursos que serão aplicados no período de 2024-2030. O sistema é gerenciado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), em parceria com a Secretaria da Fazenda (Sefa).

A reunião teve a participação de aproximadamente 40 profissionais entre representantes do Governo do Estado, de ambientes tecnológicos e de instituições ligadas ao empreendedorismo. O grupo debateu cenários para identificar prioridades que possam alavancar a PD&I.

O secretário em exercício da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Jamil Abdanur Júnior, reforça que trabalhar com representantes de diferentes setores potencializa a qualidade do planejamento. “É extremamente importante destacar que nesta reunião pudemos contar com a presença dos principais atores e instituições envolvidas com o tema ciência, tecnologia e inovação. Os resultados, os insights, as contribuições serão decisivas para subsidiar a elaboração do planejamento. É indispensável que esse planejamento seja construído a várias mãos”, afirma.

Além de definir a orientação das linhas de atuação para o período de 2024-2030, o grupo avaliou o planejamento estipulado até 2023.

O diretor-geral do Cilla Tech Park, Paulo Alvim, salienta que o Paraná promoveu uma revolução no setor. “Esse momento é também de avaliação do que foi feito e percebemos que muito foi realizado. Das 38 iniciativas projetadas no planejamento de 2017, a maior parte foi realizada e as demais foram acionadas. Credenciamos 188 ambientes de inovação, subimos degraus na construção. E estamos indo além, repensando o Paraná como um todo e contando com a contribuição de todos esses ambientes. Com isso tudo, poderemos pensar fora das fronteiras”, disse.

O Separtec tem como objetivo estimular a participação de pesquisadores no desenvolvimento de estudos relacionados às potencialidades produtivas, além de mapear ecossistemas de inovação paranaenses, inclusive em implantação, prospectando recursos para fomentar esses espaços.

Para o coordenador do Separtec, José Maurino de Oliveira Martins, o trabalho já realizado superou o que havia sido planejado. “Revisitar o nosso planejamento é fundamental porque o Sistema alcançou objetivos que não estavam planejados em 2017 e novos desafios surgiram nessa trajetória”.

Para ele, as oportunidades surgiram dos desafios enfrentados durante o período de 2017 e 2023. “O grande movimento surgiu em 2022 quando nós iniciamos um curso de gestão de ambientes promotores de inovação e em 2023 quando realizamos o credenciamento não só de parques, mas de ambientes de inovação”, afirmou.

CENÁRIO DE INOVAÇÃO – Os 188 ambientes credenciados pelo Separtec estão em 42 cidades paranaenses, sendo a maioria em Curitiba (29), Londrina (20), Maringá (16) e Guarapuava (11). Quase um terço dos ambientes (71) é ligado a instituições públicas de ensino superior e 31 são de prefeituras municipais.

De acordo com a Lei Estadual de Inovação do Paraná (20.541/2021), os ambientes de inovação são espaços públicos e privados que favorecem ações de empreendedorismo, inovação e pesquisa científica e tecnológica. No credenciamento do Separtec, os ecossistemas são qualificados em 10 categorias: aceleradoras, agências de inovação, centros de inovação, espaços maker, hubs de inovação, incubadoras, pré-incubadoras e parques tecnológicos em operação, em implantação e em planejamento.

Outra ação promovida pelo Estado para incrementar a inovação no Paraná foi o curso de especialização em Gestão de Ambientes Promotores de Inovação (Gapi) – Residência Técnica. A primeira edição do Gapi foi lançada em 2021. O curso é coordenado pela Seti e ofertado pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro).

Os residentes estão alocados em secretarias e universidades estaduais para vivenciar e aprender o funcionamento de atividades, projetos e programas que envolvam a Pesquisa, o Desenvolvimento e a Inovação. Além dos residentes técnicos, servidores públicos também integram a primeira turma de estudantes. Os recursos investidos pelo Estado para a realização da pós-graduação somam R$ 1.635.360,00. Ainda em 2024 uma nova edição do Gapi deverá ser lançada.



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