“Soubemos pelo Instituto Água e Terra, por volta das 15 horas, que um grupo de pessoas havia pego a trilha do Salto dos Macacos e não havia regressado. Como o nível do rio subiu muito já ficamos alertas para a possibilidade de terem ficado ilhados. Só que não sabíamos exatamente onde eles estavam, até que recebemos o pedido de socorro por meio de moradores”, explicou a tenente Hannah Yuri Andrade Karigyo, que participou da missão. “Encontramos eles no local onde é feito o bóia-cross, mas não tinha como fazer a travessia ali. Precisamos achar um local mais fundo, que nos permitisse atravessar a nado. Só aí que iniciamos a passagem do cabo para a instalação da tirolesa”, complementou. As 16 pessoas foram retiradas uma a uma.
Quem também esteve no local durante a operação foi o primeiro sargento Cristiano Luís Meduna, que explicou os principais desafios desse tipo de atividade de socorro. “Uma das maiores dificuldades que a gente tem ali é a passagem do primeiro cabo para a gente poder efetuar a transposição de materiais e das vítimas na sequência. E também uma eventual continuidade das chuvas, que pode continuar elevando o nível do rio, trazendo mais velocidade de correnteza e prejudicando o resgate das vítimas”, comentou.
O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) orienta para que ao transpor rios ou utilizar esses ambientes aquáticos, primeiramente se faça verificação das condições climáticas. Caso estejam previstas chuvas intensas, evite realizar o deslocamento a estes locais. Muitas vezes, ocorrem chuvas na região da nascente, dando origem ao fenômeno de “cabeça d’água”, que é a elevação brusca do nível de água em curto espaço de tempo. Por causa deste risco, deve-se sempre estar atento ao nível do rio – caso ocorra elevação abrupta, a orientação é se afastar da região imediatamente.