A defesa reclama que a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, que autorizou a Operação Tempus Veritatis, há duas semanas,” contém excertos de supostas conversas presentes nos celulares apreendidos, mídias as quais a Defesa não teve acesso até hoje”.
Bolsonaro foi intimado pela PF a prestar depoimento na quinta-feira, em Brasília, sobre um suposto plano de golpe de Estado. Segundo as investigações, o ex-presidente teria recebido, analisado e alterado uma minuta de decreto golpista em dezembro de 2022. A defesa de Bolsonaro considera crucial o acesso completo a esses elementos para garantir o exercício do seu direito de defesa.
Por isso, ele opta, por enquanto, pelo uso do silêncio. Os advogados ressaltam a importância de ser ouvido “em momento posterior e oportuno”, desde que tenha acesso às mídias dos celulares apreendidos.
A decisão de Moraes que autorizou a operação Tempus Veritatis cita diversas mensagens trocadas entre os investigados, incluindo o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice na chapa de Bolsonaro à reeleição.
Os advogados de Bolsonaro alegam que a Defesa não teve acesso a essas conversas presentes nos celulares apreendidos ao longo do procedimento investigatório. A defesa do ex-presidente destaca a importância do acesso completo a esses elementos para garantir o direito de defesa de Bolsonaro.