Na Superterça deste ano não houve nenhum mistério, pois nem o republicano, de 77 anos, ou o democrata, de 81, têm alguém que os ameace nas primárias, que definem os candidatos de ambos os partidos nas eleições presidenciais de novembro. Trump segue como favorito mesmo com os problemas legais. Ele venceu quase todas as primárias do seu partido, com exceção de Washington, capital dos Estados Unidos, onde Haley se impôs no domingo. Muitos rivais jogaram a toalha ao longo do caminho.
As votações desta terça foi realizada em 15 estados, do Maine, no extremo nordeste dos Estados Unidos, até a Califórnia, na costa oeste, passando pelo Texas, no sul, e por Samoa Americana, um pequeno território no Pacífico. Essas são as maiores disputas, contudo, Alabama, Arkansas, Colorado, Massachusetts, Minnesota, Carolina do Norte, Oklahoma, Tennessee, Utah, Vermont e Virgínia também votam. Muito republicanos, principalmente os apoiadores de Trump, não veem a necessidade de seguir com as primárias depois desta terça, quando a derrota de Nikki Haley, 52 anos, deve ser concretizada.
Em tese, as primárias podem durar até julho. Mas a equipe de Trump prevê uma vitória “no dia 19 de março”, no mais tardar, após a votação na Geórgia e na Flórida. O milionário quer focar o mais rápido possível em uma revanche com Joe Biden, que busca a reeleição, antes de se concentrar em seus problemas jurídicos. Seu primeiro julgamento criminal começa em 25 de março em Nova York.
Biden é constantemente atacado por sua idade, algo que parece irrelevante para Charles Reid Sales, de 93 anos. “Eu não esperava votar hoje, mas eu vim”, disse à AFP em Houston, no Texas. Biden? Ele nunca será velho demais!”. O chefe de estado terá que defender a sua política e visão para os Estados Unidos na quinta-feira, durante um importante discurso de política geral perante o Congresso, o tradicional “estado da União”.
*Com informações das agências internacionais