Resultado compõe panorama positivo de importantes indicadores fiscais do Estado, com bons resultados em superávit financeiro, liquidez e aumento de ativos totais.
O Paraná tem apresentado nos últimos cinco anos evolução em diversos indicadores importantes de situação fiscal, a exemplo do crescimento expressivo nos superávits orçamentário e financeiro, além de aumento no Ativo Total do Estado. Conforme dados compilados no Balanço Patrimonial, documento elaborado pela Diretoria de Contabilidade-Geral da Secretaria da Fazenda, o superávit orçamentário do Estado registrou aumento de R$ 331,3 milhões, em 2019, para R$ 5,48 bilhões em 2023, alta de 1.553%.
O superávit orçamentário indica a diferença positiva entre as receitas e despesas públicas em um determinado período e é um importante indicador da saúde financeira de um estado. Ele demonstra que a capacidade de geração de receita se mantém acima dos gastos.
De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Renê Garcia Junior, o resultado orçamentário positivo do Paraná foi obtido em meio à priorização de despesas que aumentassem a eficiência, com aumento dos desembolsos voltados a políticas públicas e valorização de servidores.
Garcia Júnior enfatiza a importância da cautela na gestão fiscal para enfrentar desafios futuros. “O gestor fazendário precisa olhar atentamente para o filme, não apenas para a fotografia, ou seja, é preciso levar em consideração o cenário dinâmico, que traz riscos inesperados bem como desafios antecipados”, diz. “Um exemplo em nosso futuro próximo é a transição para o novo modelo tributário introduzido pela reforma aprovada no ano passado. O Paraná deve se manter bem preparado financeiramente”.
Em termos de superávit financeiro, o Paraná registrou um salto significativo, de R$ 2,1 bilhões em 2019 para R$ 15,6 bilhões no ano passado. O superávit financeiro representa a diferença positiva entre os recursos e as obrigações financeiras, e destaca a capacidade do Estado de cumprir seus compromissos. Garcia Júnior destaca que os superávits obtidos nos últimos anos permitem dar continuidade às políticas sociais e manter o equilíbrio na gestão financeira.
Os resultados contribuíram para que o Paraná apresentasse quociente de liquidez geral de 1,10, o que significa que para cada R$ 1 de dívida de exigibilidades, o Estado possui R$ 1,10 em recursos para pagamento. Em outras palavras, com R$ 60 bilhões em ativos circulantes e realizáveis a longo prazo e R$ 54,4 bilhões em passivos circulantes e não circulantes, o Paraná tem atualmente uma posição sólida em termos de liquidez.
Diante dos resultados, o Paraná espera obter a nota “A” no índice Capag (Capacidade de Pagamento) pela primeira vez em sua história. Este índice do Tesouro Nacional, geralmente divulgado em setembro, avalia a capacidade dos Estados brasileiros de honrar seus compromissos financeiros e proporciona uma métrica valiosa para investidores e observadores do mercado.