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Impeachment de Augusto Melo no Corinthians é suspenso por decisão judicial

Liminar interrompe votação no Conselho Deliberativo em meio a investigações sobre contrato de patrocínio com a VaideBet

Rodrigo Coca/Agência Corinthians |
Rodrigo Coca/Agência Corinthians |

A votação do impeachment do presidente do Corinthians, Augusto Melo, foi suspensa na última segunda-feira (2) após uma liminar da desembargadora Clara Maria Araújo Xavier, do Tribunal de Justiça de São Paulo. A decisão ocorreu momentos antes da reunião extraordinária do Conselho Deliberativo, no Parque São Jorge, onde conselheiros estavam prestes a votar o possível afastamento do dirigente.

A liminar foi baseada em um relatório da Comissão de Ética e Disciplina do clube, que recomendou a suspensão do processo até a conclusão do inquérito policial sobre supostas irregularidades no contrato de patrocínio com a VaideBet. Em caso de descumprimento, foi estipulada uma multa de R$ 100 mil. Augusto Melo entregou a decisão judicial pessoalmente ao presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, que anunciou o adiamento. “Está suspensa a reunião e ela será remarcada em um momento oportuno”, declarou.

Mobilização e segurança no Parque São Jorge

A votação atraiu centenas de torcedores organizados ao Parque São Jorge, que se manifestaram em apoio a Melo com gritos de “não vai ter golpe”. O local contou com reforçado esquema de segurança, envolvendo 480 policiais, incluindo tropas de choque e cavalaria. Após a suspensão, Augusto Melo agradeceu aos conselheiros e pediu união. “Peço ajuda de todos vocês dessa gestão para tirar o Corinthians dessa situação. Vai, Corinthians”, declarou.

Entenda o processo de impeachment

O pedido de impeachment de Augusto Melo está relacionado a alegações de irregularidades no contrato com a VaideBet, ainda sob investigação. Os autores acusam a gestão de prejudicar a imagem do clube e infringir a Lei Geral do Esporte. Um segundo pedido de impeachment também aguarda análise, fundamentado em um relatório do Conselho de Orientação (CORI), que aponta gestão temerária.

De acordo com o estatuto do Corinthians, os motivos para destituição de um presidente incluem infrações estatutárias, gestão irregular ou temerária e condenações judiciais transitadas em julgado. Apesar da suspensão, o processo continua sendo um tema central, com expectativa de novos desdobramentos nos próximos dias.

Fonte: Jovem Pan



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