Presidente do PT é cotada para assumir a Secretaria-Geral da Presidência, apesar de objeções internas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em conversas avançadas para que a deputada federal Gleisi Hoffmann, atual presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), assuma a Secretaria-Geral da Presidência da República. A possível nomeação ocorre em meio a resistências dentro do partido e do governo, que questionam a conveniência de sua entrada no ministério neste momento.
Gleisi Hoffmann, que lidera o PT desde 2017, é uma das principais figuras da legenda e tem uma trajetória marcada por cargos de destaque, incluindo o de ministra-chefe da Casa Civil durante o governo Dilma Rousseff. Sua possível nomeação para a Secretaria-Geral, atualmente ocupada por Márcio Macêdo, faz parte de uma reforma ministerial que Lula pretende implementar após as eleições para as presidências da Câmara e do Senado.
A entrada de Gleisi no governo exigirá uma reorganização interna no PT, que está em processo de eleições diretas previstas para julho deste ano. Até lá, um dos vice-presidentes do partido deverá assumir a liderança de forma interina. Nomes como José Guimarães, líder do governo na Câmara, e o senador Humberto Costa são cotados para a função.
A nomeação de Gleisi também pode influenciar outras mudanças no primeiro escalão do governo. Há especulações sobre a substituição do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que poderia assumir o Ministério da Saúde no lugar de Nísia Trindade. No entanto, essa movimentação enfrenta resistência devido à possível redução da presença feminina no alto escalão.
Apesar das resistências internas, a expectativa é que a nomeação de Gleisi Hoffmann seja confirmada nas próximas semanas, consolidando sua posição no núcleo central do governo e reforçando a interlocução com movimentos sociais e bases partidárias.
Fonte: GP1/ Jovem Pan