Com declarações polêmicas e influência crescente em decisões governamentais, a primeira-dama enfrenta críticas de setores da esquerda e levanta preocupações sobre sua interferência na gestão do presidente.
A primeira-dama do Brasil, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, tem desempenhado um papel de destaque no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, suas ações e declarações têm gerado controvérsias que afetam a imagem do governo e provocam descontentamento até mesmo entre aliados de esquerda.
Uma das polêmicas mais recentes ocorreu durante um evento social do G20, onde Janja, ao discutir a necessidade de regulamentação das redes sociais para combater a desinformação, dirigiu-se ao bilionário Elon Musk com a expressão: “Não tenho medo de você, f***-se, Elon Musk”. A declaração repercutiu negativamente, gerando críticas de opositores e diplomatas que temem impactos nas relações internacionais do Brasil.
Além disso, Janja tem sido criticada por sua influência em decisões governamentais. Relatos indicam que ela tem interferido em nomeações de servidores e até de ministros, o que tem incomodado aliados do presidente. Sua presença constante em agendas internacionais e participação ativa em ações do governo reforçam essa percepção.
A atuação da primeira-dama em situações de crise também gerou debates. Durante as enchentes no Rio Grande do Sul, Janja assumiu protagonismo nas ações de ajuda, ofuscando ministros e outros representantes oficiais. Embora suas intenções tenham sido positivas, pesquisas indicam que 51% da população desaprovou suas ações no estado, sugerindo que sua presença pode ter sido percebida como excessiva ou inadequada.
Internamente, aliados de Lula expressam preocupação com o excesso de influência de Janja em assuntos do governo. Há relatos de que ela ignora conselhos de ministros e toma decisões que resultam em crises evitáveis, afetando a imagem da administração.
Essas situações refletem um desafio para o governo Lula: equilibrar o papel ativo da primeira-dama com as expectativas institucionais e políticas, garantindo que suas ações não prejudiquem a percepção pública da administração.
Fonte: Reuters/ UOL/ Poder 360