Partida pela Libertadores foi interrompida aos 70 minutos após protesto no gramado; duas mortes antes do jogo abalaram a segurança do evento em Santiago
A partida entre Colo-Colo e Fortaleza pela Copa Libertadores, realizada em 10 de abril de 2025 no Estádio Monumental de Santiago, foi marcada por uma tragédia e atos de violência que culminaram na suspensão do jogo aos 70 minutos.
Tragédia antes da partida
Horas antes do início do jogo, uma tentativa de invasão em massa por torcedores do Colo-Colo resultou na morte de dois jovens: Martina Riquelme, de 18 anos, e um menino de 13 anos. Segundo relatos, a multidão tentou forçar a entrada pelo edifício Casa Alba, adjacente ao estádio, causando o colapso de uma cerca. Martina, que possuía ingresso válido, foi atropelada por um veículo blindado da polícia durante a dispersão com gás lacrimogêneo. O outro jovem faleceu devido aos ferimentos causados pela queda da estrutura.
Invasão de campo e suspensão do jogo
Durante a partida, que estava empatada em 0 a 0, torcedores invadiram o gramado aos 70 minutos em protesto pelas mortes ocorridas anteriormente. Objetos foram lançados no campo, e os jogadores do Fortaleza buscaram abrigo. Diante do caos, a arbitragem decidiu suspender o jogo.
Repercussões e investigações
A Conmebol expressou condolências às famílias das vítimas e encaminhou o caso à sua Comissão de Disciplina, o que pode resultar em sanções ao Colo-Colo. O presidente do clube, Aníbal Mosa, condenou os atos de vandalismo e afirmou que medidas estão sendo tomadas para identificar os responsáveis.
As autoridades chilenas iniciaram investigações para apurar as circunstâncias das mortes e a atuação da polícia. O motorista do veículo policial envolvido foi suspenso, e a chefe do programa Estadio Seguro, Pamela Venegas, renunciou ao cargo.
Este incidente levanta sérias questões sobre a segurança em eventos esportivos e a necessidade de medidas eficazes para prevenir tragédias semelhantes no futuro.
Fonte: CNN Brasil/ ESPN Brasil
