Medicamentos à base de semaglutida mostram eficácia na perda de peso e proteção cardiovascular, mas exigem atenção a possíveis efeitos adversos
Ozempic e Wegovy, medicamentos à base de semaglutida, têm ganhado destaque no tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2. Estudos recentes apontam benefícios significativos, como redução de peso e proteção cardiovascular, mas também alertam para possíveis riscos associados ao uso dessas medicações.
Benefícios comprovados
- Perda de peso significativa: Pacientes tratados com Wegovy apresentaram uma redução média de 15,2% do peso corporal ao longo de dois anos.
- Proteção cardiovascular: Estudos indicam que a semaglutida pode reduzir o risco de eventos cardíacos graves, como infarto e AVC, em até 20%.
- Redução de mortalidade: Pesquisas sugerem que o uso de semaglutida está associado a uma menor probabilidade de morte por infecções e causas cardiovasculares.
- Possível proteção neurológica: Há evidências de que a semaglutida pode reduzir o risco de desenvolvimento de Alzheimer em pessoas com diabetes tipo 2.
Riscos e efeitos colaterais
- Efeitos gastrointestinais: Os efeitos colaterais mais comuns incluem náuseas, vômitos, diarreia e constipação.
- Alterações faciais: A rápida perda de peso pode levar à chamada “face Ozempic”, caracterizada por aspecto encovado e flacidez facial.
- Risco de doenças oculares: Estudos associam o uso de semaglutida a um aumento no risco de neuropatia óptica isquêmica anterior não arterítica (NOIA-NA), uma condição rara que pode levar à cegueira.
- Impactos na saúde mental: Pesquisas apontam para um possível aumento no risco de depressão, ansiedade e pensamentos suicidas em usuários de medicamentos à base de semaglutida.
Embora Ozempic e Wegovy ofereçam benefícios significativos no tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2, é essencial que o uso desses medicamentos seja acompanhado por profissionais de saúde. A avaliação médica individualizada é fundamental para maximizar os benefícios e minimizar os riscos associados à semaglutida.
Fonte: UOL/ O Globo/ CNN Brasil