Uma jornada visualmente impactante que, apesar de sua grandiosidade, perde a conexão emocional que tornou a primeira temporada inesquecível.
A segunda temporada de The Last of Us chegou ao fim com o episódio “Convergence”, deixando-me com sentimentos conflitantes. Por um lado, a produção continua impecável: cenários deslumbrantes, atuações intensas e uma direção que sabe explorar a tensão e o silêncio como poucos. Por outro, senti falta da alma que permeava a primeira temporada, aquela centelha de humanidade que fazia cada episódio ressoar profundamente.
A trama desta temporada mergulha nas consequências das ações de Joel e na busca de Ellie por vingança. A introdução de Abby, interpretada por Kaitlyn Dever, trouxe uma nova perspectiva, mas a transição para seu ponto de vista foi abrupta e, para mim, careceu de uma construção mais sólida.
Bella Ramsey entrega uma Ellie mais madura, mas senti que a personagem perdeu parte de sua complexidade. A narrativa optou por um caminho mais direto, focando na brutalidade e na ação, mas deixando de lado os momentos de introspecção que tanto apreciava.
Apesar das críticas, não posso negar que a série continua sendo uma das melhores adaptações de videogame para a televisão. A expectativa para a terceira temporada é alta, especialmente com a promessa de explorar mais profundamente a história de Abby. Espero que os próximos episódios consigam equilibrar a grandiosidade visual com a profundidade emocional que marcou o início da série.
Nota: Esta resenha reflete minha opinião pessoal sobre a segunda temporada de The Last of Us.