Consoles apostam em propostas diferentes: enquanto o Xbox entra no mercado com potência de PC e liberdade de biblioteca, a Nintendo defende sua tradição de híbridos e exclusivos consagrados.
O mercado de consoles portáteis vive um momento histórico em 2025. Depois de anos dominado pela Nintendo com o sucesso do Switch original, a chegada do Nintendo Switch 2 e do recém-anunciado Xbox Ally — criado em parceria com a ASUS — promete acirrar a concorrência como nunca antes. Cada um com sua proposta, esses dois aparelhos disputam a atenção de jogadores que buscam levar seus games favoritos para qualquer lugar, mas com visões bem distintas sobre o que significa um console portátil.
De um lado, o Xbox Ally chega como a primeira tentativa da Microsoft no segmento, oferecendo potência digna de PC gamer portátil. Com dois modelos — o Ally básico e o mais robusto Ally X — o console roda Windows 11 e permite acesso completo a jogos de Xbox, Steam, Epic Games e serviços de nuvem. Equipado com processadores AMD Ryzen Z2 e Z2 Extreme, até 24 GB de RAM e SSD de 1 TB, além de uma tela de 7 polegadas com 120 Hz e suporte a VRR, o dispositivo entrega uma experiência próxima de consoles de mesa como o Xbox Series X, mas na palma da mão. A ideia é proporcionar liberdade total ao jogador, que não precisa se limitar a uma biblioteca específica ou a um ecossistema fechado.
Do outro lado, a Nintendo aprimora sua fórmula de sucesso com o Switch 2, lançado mundialmente em junho. A nova geração do console híbrido conta com hardware atualizado, incluindo uma tela maior de 7,9 polegadas, resolução 1080p portátil com taxa de atualização de 120 Hz, e modo dock com suporte a 4K. Equipado com o chip Tegra T239 da NVIDIA e 12 GB de RAM, o Switch 2 mantém o conceito de transição fluida entre portátil e TV, mas agora com gráficos aprimorados, novos Joy-Cons magnéticos e retrocompatibilidade com jogos do Switch original e clássicos do GameCube. O console chega acompanhado de grandes exclusivos como Mario Kart World, Metroid Prime 4 e a versão adaptada de Elden Ring.
No comparativo, o Xbox Ally se destaca pela potência bruta, flexibilidade e integração com o ecossistema do PC, sendo ideal para quem busca liberdade e alto desempenho em jogos recentes. Já o Switch 2 mantém sua vantagem em ergonomia, praticidade e uma biblioteca de exclusivos que continuam a atrair fãs de longa data. O preço também pesa: enquanto o Ally X deve chegar a preços próximos de 899 dólares, o Switch 2 estreia por 469,99 euros, tornando-se uma opção mais acessível.
Com propostas tão distintas, a escolha entre os dois depende do perfil do jogador. Se a prioridade for performance de última geração e liberdade de escolha, o Xbox Ally é a melhor pedida. Mas para quem valoriza uma experiência portátil simples, híbrida e recheada de jogos exclusivos, o Switch 2 continua sendo uma aposta certeira. De qualquer forma, o cenário de consoles portáteis nunca esteve tão competitivo — e quem ganha com isso é o jogador.
Fonte: Games Radar/ The Sun/ Screen Rant
