O ex-presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal no processo que investiga uma tentativa de golpe após as eleições de 2022. Durante duas horas e meia de oitiva, adotou tom conciliador, negou ter participado de qualquer plano golpista e afirmou que as Forças Armadas jamais aceitariam ordens ilegais.
Bolsonaro confirmou reuniões com militares, mas disse que discutiu apenas ações dentro da Constituição, como uma possível GLO. Sobre a “minuta do golpe”, afirmou que viu o documento rapidamente numa tela e negou envolvimento.
Ele também defendeu o voto impresso, criticou as urnas eletrônicas e pediu desculpas ao ministro Alexandre de Moraes por declarações passadas, admitindo que não tinha provas. Chamou de “malucos” os que pediram intervenção militar e encerrou a oitiva com tom bem-humorado, brincando com Moraes e justificando que não passou a faixa presidencial para evitar “uma vaia histórica”.