Além dos alunos, o programa também é voltado aos professores doutores, que poderão fazer um estágio de pesquisa pós-doutoral em áreas consideradas estratégicas para o Estado, como forma de contribuir para qualificar o Sistema de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná. Inicialmente, o programa prevê intercâmbio em universidades localizadas na Alemanha, Canadá, China, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Japão e Reino Unido.
O Governo do Estado vai destinar R$ 11 milhões para a nova ação de internacionalização, dentro de um pacote de investimentos de R$ 212,1 milhões para a área da ciência e tecnologia anunciado nesta segunda pelo governador.
“Na rede estadual, o Ganhando o Mundo se tornou o maior programa de intercâmbio internacional do Brasil, e agora ele chega também ao ensino superior”, destacou Ratinho Junior. “Além de adquirir conhecimento e ter acesso a novas culturas, os participantes também vão contribuir, de alguma maneira, com o desenvolvimento das nossas universidades”.
“O diferencial é que o programa foi estruturado para atender os estudantes de iniciação científica, focando na formação inicial do cientista, para dar a eles a oportunidade de uma vivência internacional”, disse o secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Aldo Bona. “Ele também olha para a outra ponta, dos professores, para que façam um estágio de pós-doutorado fora do País e possam trazer para o Paraná as tecnologias e inovações da ciência internacional”.
PROGRAMA – O Ganhando o Mundo Ciência será gerido pela Fundação Araucária, entidade vinculada à Seti, que é responsável pelo apoio ao desenvolvimento científico e tecnológico do Paraná. A instituição será responsável tanto pela seleção dos alunos, como pelo contato com as universidades estrangeiras.
O presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, destacou que a expectativa é iniciar o programa com a oferta de 100 bolsas para a iniciação científica e outras 100 para o pós-doutorado, mas a ideia é expandir esse número nos próximos anos. “Serão em média 10 alunos por país a cada semestre, que terão acesso ao ensino e tecnologia de ponta oferecidos pelas universidades estrangeiras que são conveniadas conosco”, disse.
O edital da Chamada Pública para a participação no programa será publicado nas próximas semanas e a previsão é que o intercâmbio inicie no segundo semestre deste ano. Todas as despesas serão custeadas pelo Governo do Estado, incluindo a passagem aérea, visto, seguro médico, auxílio-moradia e acomodação. Os alunos também receberam uma ajuda de custo mensal no período que durar a experiência internacional.
Vão poder se inscrever alunos das universidades estaduais com, no mínimo, 18 anos de idade e que não estejam nem no primeiro nem no último ano do curso. É preciso também ser ou ter sido aluno de iniciação científica, bolsista da Fundação Araucária, CNPq, bolsista institucional ou voluntário por um período mínimo de um ano em qualquer área do conhecimento, além de ter o requisito linguístico exigido pela instituição de destino.