Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, no total foram concedidas 38 habilitações – oito para abatedouros de frango, 24 para bovinos, um para bovino de termoprocessamentos e cinco entrepostos (três de frango, um bovino e um suíno) – pela Administração-Geral de Aduanas da China (GACC). Esse foi o maior número de frigoríficos anunciados de uma única vez pela China e a primeira vez em que entrepostos são incluídos.
Maior produtor e exportador de frangos do País, no ano passado o Estado enviou para o Exterior 2,1 milhões de toneladas e recebeu em troca US$ 3,8 bilhões. Para a China, principal importador, foram entregues 682,3 mil toneladas de carne de frango, com US$ 1,6 bilhão de faturamento.
“Quando comemoramos 50 anos de relações comerciais e diplomáticas entre Brasil e China, essas notícias nos deixam mais animados por saber que o País, o Paraná e nossos produtores contribuem não apenas para o abastecimento nacional e internacional, mas têm a sanidade do rebanho totalmente reconhecida por autoridades e países exigentes”, salientou o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.
Exemplo de defesa da qualidade, credibilidade e confiança da agropecuária brasileira, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) recebeu na última semana a visita de cinco auditores da GACC, que vieram colher informações sobre o trabalho de sanidade animal e visitar frigoríficos que podem vir a serem habilitados em um próximo anúncio do país asiático.
Agora o Brasil está com 144 plantas habilitadas para exportar proteínas animais para a China, das quais 58 de aves, 67 de bovinos, 18 de suínos e uma de asinino. A expectativa é que haja aumento das exportações com a decisão da China, em 17 de fevereiro, de não renovar a medida antidumping, que vigorava desde 2019. Ela impunha sobretaxa que variava entre 17,8% e 34,2% dependendo da empresa exportadora.