A Justiça Eleitoral de Londrina determinou a retirada de vídeo, veiculado em redes sociais, por propaganda eleitoral negativa antecipada contra o candidato a prefeito Tiago Amaral (PSD). Na decisão, a juíza Camila Cardoso, da 42ª Zona Eleitoral, reconheceu o risco de dano grave à imagem do candidato e fixou prazo de 24 horas para retirada do vídeo das redes sociais, além de determinar a imediata suspensão da divulgação do material, em qualquer meio, sob pena de multa de R$ 1 mil por dia. Na ação, Manoel Antônio da Silva é identificado como autor da divulgação.
Silva divulgou o vídeo em redes sociais. No material compartilhado, foram cortados trechos e inseridas informações falsas em um vídeo gravado pelo senador Sergio Moro (União Brasil) com o intuito claro de disseminar conteúdo falso e prejudicial a Tiago Amaral, atacando sua honra e imagem, ferindo os princípios da veracidade e da boa-fé. O vídeo gravado pelo senador Moro refere-se a pré-candidato de outro município, sem qualquer menção ou relação com as eleições de Londrina e com Tiago Amaral.
A lei eleitoral também proíbe a utilização de conteúdo sintético, gerado ou manipulado digitalmente. “O vídeo anexado trata-se de flagrante prática de propaganda extemporânea na modalidade deep fake/fake news não guardando qualquer relação com as informações originalmente veiculadas”, afirma a juíza Camila Cardoso na decisão.
Sergio Moro participou da convenção dos partidos PSD, PL, União Brasil, Avante, Agir e PRD, realizada na última sexta-feira, que confirmou Tiago Amaral como candidato da coligação e demonstrou total apoio a Tiago Amaral. “Temos certeza de que o Tiago Amaral tem o melhor projeto para Londrina e a seu pedido estamos elaborando um projeto para a criação de uma agência de prevenção e combate à corrupção”, disse Moro em seu discurso. Ele também divulgou um vídeo em suas redes sociais afirmando ser falso o material em que supostamente ataca Tiago Amaral.
Tiago Amaral afirma ter ficado muito impactado com a divulgação do vídeo falso com o senador Sergio Moro no mesmo período em que ele esteve na cidade para participar da convenção. “É a velha política. A campanha nem começou e a baixaria começou”, afirma. Tiago não é réu em nenhum processo judicial e também nunca foi alvo de investigações. (Assessoria)
