Economia

Aluguéis sobem sem parar e superam inflação: entenda por que o cenário não deve mudar tão cedo

Nos últimos meses, os preços dos aluguéis têm subido constantemente, com taxas de aumento que superam a inflação. Para quem...

Pixabay/ Imagem Gerada por IA
Pixabay/ Imagem Gerada por IA

Nos últimos meses, os preços dos aluguéis têm subido constantemente, com taxas de aumento que superam a inflação. Para quem está pensando em se mudar, o momento exige cautela: talvez seja melhor esperar um pouco para ver se os valores se estabilizam. No entanto, se a mudança é urgente, a dica é agir rápido, antes que o preço suba ainda mais. Entenda o que está por trás dessa alta.

Um dos principais fatores é a alta taxa de juros. Com o crédito mais caro, financiar um imóvel se tornou inviável para muitas pessoas, que acabam recorrendo ao aluguel, pressionando ainda mais a demanda e, consequentemente, os preços.

Além disso, o desemprego está em baixa histórica e a renda dos brasileiros tem mostrado sinais de recuperação. Com mais dinheiro no bolso, a procura por imóveis para alugar aumenta, criando uma disputa acirrada que favorece os proprietários na hora de reajustar os preços.

Essa combinação de juros elevados, baixo desemprego e aumento de renda tem impulsionado os preços do aluguel a níveis recordes. Para se ter uma ideia, em 2024, o valor médio do aluguel no Brasil está em torno de R$ 44,15/m², de acordo com o Índice FipeZAP+, que utiliza dados de anúncios de imóveis residenciais.

As capitais brasileiras apresentam variações significativas nos valores dos alugueis, refletindo tanto o aumento da demanda quanto a inflação do setor imobiliário. Entre as capitais mais caras, São Paulo se destaca com um preço médio de R$ 62,68/m², enquanto outras grandes cidades também têm vistos altos índices de valorização.

Outros exemplos incluem:

Rio de Janeiro: R$ 46,03/m²​

Belo Horizonte: R$ 34,98/m²​

Porto Alegre: R$ 33,89/m²​​

Brasília: R$ 46,03/m²​

Em Curitiba capital paranaense, por exemplo, o preço do aluguel começou a desacelerar, mas os custos ainda permanecem altos. Em julho, o preço médio do metro quadrado de aluguel na cidade ultrapassava R$ 41,00/m².

Em Maringá, a terceira maior cidade do Paraná, o aluguel de apartamentos na região central varia em média entre R$ 35,00 e R$ 40,00/m², dependendo da localização e das comodidades do prédio. Um apartamento de 100m² pode custar entre R$ 3.500 e R$ 4.000 por mês.

Já o valor médio por metro quadrado para casas na cidade oscila entre R$ 25,00 e R$ 35,00/m². Uma casa de 150m², por exemplo, pode ter um aluguel mensal entre R$ 3.750 e R$ 5.250, com preços ainda mais elevados em áreas comerciais próximas ao centro.

Em regiões mais afastadas, o aluguel de apartamentos é mais acessível, com médias variando entre R$ 20,00 e R$ 25,00/m². Isso significa que um apartamento de 50m² em um bairro mais distante do centro pode custar entre R$ 1.000 e R$ 1.250 por mês, dependendo da infraestrutura e das condições do imóvel.

O aluguel de casas nesses locais costuma ser mais baixo, variando entre R$ 15,00 e R$ 25,00/m², o que representa, para uma casa de 100m², um valor entre R$ 1.500 e R$ 2.500 mensais, de acordo com a infraestrutura do bairro e o estado do imóvel.

As pressões sobre os preços e a demanda por locações devem aumentar ainda mais, especialmente no primeiro semestre de 2025. Esse cenário está diretamente relacionado à dinâmica do crédito para a compra de imóveis, que terá impacto significativo nesse processo. Além disso, as taxas de juros dos financiamentos imobiliários devem voltar a subir já nos primeiros meses de 2025, o que pode afetar tanto o mercado de locações quanto a compra de imóveis​

Os valores apresentados nesta reportagem representam uma média baseada nas listagens mais recentes publicadas em sites especializados em locação de imóveis. Esses valores podem variar conforme o padrão do imóvel, idade e localização específica dentro de cada cidade.

Fonte: investnews.com.br, fipe, sindiconet.com.br, agenteimovel.com.br, wimoveis.com.br,



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