Com o cenário político já voltado para as eleições de 2026, o Brasil enfrenta desafios econômicos antigos em 2025. Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, inicia o ano sob pressão. Ele deverá implementar pelo menos dois aumentos na taxa básica de juros, a Selic, que terminou 2024 em 12,25% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou ajustes de 1 ponto percentual em janeiro e outro em março, podendo elevar a Selic para 15% até meados do ano, um nível não registrado desde 2006.
O aumento dos juros reflete preocupações com a economia, enquanto o risco país (ou risco Brasil) atingiu 205 pontos no final de 2024, o maior patamar desde maio do mesmo ano. O índice subiu 72,53 pontos em comparação com 2023, mostrando a maior alta anual desde 2015, quando o país enfrentou uma recessão durante o governo Dilma Rousseff.
No cenário político, o bloqueio de parte das emendas parlamentares pelo Congresso Nacional agrava as tensões e sinaliza dificuldades para a gestão econômica em ano pré-eleitoral.