Uma mudança de terminologia reflete a busca por maior precisão e seriedade na investigação de fenômenos aéreos não identificados.
Por décadas, o termo “OVNI” (Objeto Voador Não Identificado) foi amplamente utilizado para descrever avistamentos de objetos ou luzes no céu que não podiam ser facilmente explicados. No entanto, nos últimos anos, autoridades e pesquisadores passaram a adotar a sigla “UAP” (Unidentified Aerial Phenomena, ou Fenômenos Aéreos Não Identificados, em português). Essa mudança não é meramente semântica, mas reflete uma tentativa de abordar o tema com maior rigor científico e afastar-se das conotações populares associadas aos OVNIs.
A sigla “OVNI” tornou-se, ao longo do tempo, fortemente ligada à cultura popular e frequentemente associada a teorias sobre extraterrestres e discos voadores. Essa associação acabou por gerar ceticismo e, em muitos casos, ridicularização do tema, dificultando investigações sérias sobre avistamentos inexplicáveis. Ao adotar o termo “UAP”, busca-se uma abordagem mais neutra e técnica, permitindo que fenômenos aéreos não identificados sejam estudados sem preconceitos ou suposições prévias.
A mudança de terminologia também reflete um reconhecimento oficial da necessidade de investigar esses fenômenos de maneira sistemática. Em 2020, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos estabeleceu a Força-Tarefa de Fenômenos Aéreos Não Identificados para analisar e entender melhor a natureza e origem dos UAPs. Essa iniciativa visa determinar se esses fenômenos representam ameaças à segurança nacional e desenvolver insights que possam aprimorar a segurança aérea.
Além disso, a nova terminologia amplia o escopo de investigação. Enquanto “OVNI” se concentra em objetos voadores, “UAP” abrange uma gama mais ampla de fenômenos aéreos que podem não se enquadrar na definição tradicional de “objeto”. Isso inclui eventos atmosféricos, anomalias tecnológicas ou outros incidentes que desafiam explicações convencionais.
Em suma, a transição de “OVNI” para “UAP” representa um esforço para desestigmatizar o estudo desses fenômenos e promover uma investigação mais objetiva e abrangente. Ao adotar uma terminologia mais neutra, espera-se facilitar a colaboração entre cientistas, militares e outros especialistas na busca por respostas sobre o que realmente está acontecendo nos céus ao redor do mundo.
Fonte: CNN Brasil/ MSN
