Medida visa proteger a indústria americana, mas gera preocupações entre parceiros comerciais
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (10) uma ordem executiva que estabelece tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio, sem exceções ou isenções. A decisão tem como objetivo fortalecer a indústria nacional e proteger a segurança econômica do país.
“Hoje estou simplificando nossas tarifas sobre aço e alumínio. São 25% sem exceções ou isenções”, declarou Trump durante a assinatura no Salão Oval.
A medida afeta diretamente países aliados que são grandes exportadores desses materiais para os EUA, como Canadá, México, Brasil, Coreia do Sul e Alemanha. Especialistas alertam que a imposição dessas tarifas pode desencadear retaliações comerciais e aumentar as tensões no comércio global.
No mercado financeiro, as ações de siderúrgicas americanas reagiram positivamente à notícia. Na Bolsa de Nova York, empresas como Nucor, Steel Dynamics, Cleveland-Cliffs e Alcoa registraram altas significativas em suas ações nesta segunda-feira.
A decisão de Trump ocorre em meio a uma série de medidas protecionistas adotadas por sua administração, incluindo tarifas anteriores sobre produtos chineses e a recente imposição de taxas sobre importações do Canadá e do México. Analistas temem que essas ações possam levar a uma escalada de disputas comerciais e afetar negativamente a economia global.
A implementação das novas tarifas está prevista para entrar em vigor a partir de 4 de março, concedendo um curto período para que empresas e países exportadores se ajustem às mudanças.
Governos de países afetados, incluindo o Brasil, expressaram preocupação com as possíveis consequências econômicas das tarifas e estão avaliando medidas de resposta. O Brasil, sendo o segundo maior fornecedor de aço para os EUA, poderá sofrer impactos significativos em sua indústria siderúrgica.
A comunidade internacional aguarda para ver como essas políticas comerciais influenciarão as relações econômicas globais e se resultarão em negociações ou em uma intensificação das tensões comerciais.
Fonte: Jovem Pan/ EL País
