Política

Ministros do STF criticam Alexandre de Moraes e querem julgar Bolsonaro no plenário da Corte

Recentemente, alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) manifestaram descontentamento com a decisão do ministro Alexandre de Moraes de encaminhar...

Foto: Poder 360
Ministros Alexandre de Moraes, Roberto Barroso, Dias Toffoli durante sessão no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) no inicio do julgamento de três ações sobre o Marco Civil da Internet (MCI), Lei 12.965/14. Estão na pauta os Recursos Extraordinários (RE) 1037396 e 1057258, além da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 403. | Sérgio Lima/Poder360 – 27.nov.2024

Recentemente, alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) manifestaram descontentamento com a decisão do ministro Alexandre de Moraes de encaminhar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro à Primeira Turma da Corte, composta por cinco ministros, em vez de levá-lo ao plenário completo, que inclui todos os 11 ministros. Eles argumentam que, devido à relevância e repercussão do caso, o julgamento deveria ocorrer no plenário. Um dos ministros afirmou: “Não dá para julgar um ex-presidente desta forma”.

Apesar das críticas, há reconhecimento de que, regimentalmente, é difícil reverter a decisão de Moraes de manter o julgamento na Primeira Turma.

Em dezembro de 2024, o STF já havia rejeitado um recurso de Bolsonaro que buscava afastar Moraes da relatoria do processo, mantendo-o como responsável pelo caso.

A denúncia contra Bolsonaro, apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, acusa o ex-presidente de liderar uma tentativa de golpe de Estado após sua derrota eleitoral em 2022. Além de Bolsonaro, outras 33 pessoas foram denunciadas, incluindo ex-ministros e um ex-chefe da Marinha. As acusações incluem crimes como abolição violenta do Estado democrático e participação em organização criminosa, podendo resultar em até 43 anos de prisão.

A decisão final sobre o foro do julgamento de Bolsonaro — se ocorrerá na Primeira Turma ou no plenário completo do STF — ainda está pendente e será determinada nos próximos desdobramentos do caso.

Fonte: STF/ Jornal de Brasília/ Metropoles/ El País



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