Manifesto conjunto cobra mudanças estruturais na Confederação Brasileira de Futebol e questiona legitimidade da atual gestão
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enfrenta uma das maiores crises institucionais de sua história recente. Nesta semana, 19 federações estaduais assinaram um manifesto exigindo mudanças profundas na gestão do futebol brasileiro e cobrando mais transparência e renovação na entidade que comanda o esporte no país.
O documento, direcionado ao presidente interino da CBF, Ednaldo Rodrigues, expressa insatisfação com a condução administrativa e política da entidade, especialmente após os recentes episódios envolvendo disputas judiciais, denúncias de má governança e a ausência de resultados esportivos expressivos da Seleção Brasileira.
As federações signatárias pedem a convocação urgente de uma assembleia geral para discutir a reformulação do estatuto da CBF, a democratização dos processos decisórios e a adoção de critérios mais rígidos de compliance. Entre as propostas, está a revisão do sistema de votos, hoje concentrado nas mãos de poucos dirigentes, o que, segundo os críticos, favorece práticas de perpetuação no poder.
“É um chamado pela modernização e pelo respeito à credibilidade do futebol brasileiro”, diz trecho do manifesto. A movimentação representa um racha inédito no bloco político que tradicionalmente sustenta a cúpula da CBF.
A crise ganha contornos ainda mais delicados diante do momento esportivo turbulento: a Seleção Masculina passa por uma fase de instabilidade, com resultados abaixo do esperado nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, enquanto a confiança do torcedor na entidade segue em queda.
A CBF ainda não se pronunciou oficialmente sobre o pedido das federações, mas fontes internas indicam que há forte pressão nos bastidores para conter o avanço do movimento e preservar a atual estrutura de poder.
Com o futebol brasileiro em ebulição dentro e fora de campo, cresce a expectativa sobre os próximos passos da CBF — e se a entidade será capaz de se reinventar diante de um cenário que exige, mais do que nunca, mudanças concretas.
Fonte: Jovem Pan
