A Prefeitura de Maringá confirmou, por meio de comunicado oficial, que cinco crianças acolhidas em um abrigo provisório do município tiveram um surto na noite da última terça-feira, dia 3. Durante o episódio, o espaço foi depredado pelas próprias crianças, o que mobilizou equipes da Polícia Militar e da Guarda Municipal.
As cinco crianças foram encaminhadas à ala psiquiátrica do Hospital Municipal para observação. A administração municipal informou ainda que irá se reunir com representantes do Ministério Público e do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria) para discutir medidas e definir ações conjuntas diante da situação.
No momento do incidente, havia 21 crianças no abrigo – de um total de 26 sob responsabilidade da prefeitura. As outras cinco estão sob os cuidados de famílias voluntárias. De acordo com o município, imóveis já foram alugados para a criação de um abrigo definitivo. Um dos contratos de locação deve ser assinado até a próxima semana.
Em entrevista à rádio CBN, o prefeito Silvio Barros classificou o cenário como emergencial. Segundo ele, o abrigo tem capacidade para apenas 10 crianças, mas chegou a abrigar quase 30, o que tem dificultado a contenção de episódios de violência entre os acolhidos.
Barros também afirmou que muitas das crianças apresentam distúrbios psiquiátricos e que a falta de instrumentos legais para contê-las agravou a situação. “Essas crianças não têm consciência do que estão fazendo e agem sem que existam mecanismos legais para controlar isso”, disse.
O prefeito atribuiu parte da crise à gestão anterior, mas garantiu que sua administração está tomando providências para resolver o problema o quanto antes.
