Israel e Hamas fecharam o primeiro grande acordo desde o início da guerra no Oriente Médio, na noite terça-feira, 21. O trato entre as partes envolve a troca de reféns e um cessar-fogo de quatro dias, o primeiro desde que o conflito começou, em 7 de outubro.
“O governo aprovou as linhas gerais do primeiro estágio de um acordo pelo qual pelo menos 50 pessoas sequestradas – mulheres e crianças – serão libertadas nos próximos quatro dias, durante os quais haverá uma pausa nos combates”, diz a nota de Israel. De acordo com o jornal “Haaretz”, 30 crianças, 8 mães e 12 mulheres sequestradas pelos Hamas serão trocadas por mais de 100 mulheres e adolescentes palestinos presos em Israel. A quantidade exata de palestinos ainda não foi confirmada.
Mais cedo, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu já havia antecipado que estava trabalhando para costurar um acordo. Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden também já havia demonstrado otimismo quanto a uma trégua. Catar e Egito foram outros dois países envolvidos na negociação.
Apesar do acordo, o porta-voz das Forças Armadas de Israel, Daniel Hagari, afirmou que eliminar o Hamas continua sendo o foco do exército israelense. “A meta de devolver os reféns é significativa. Mesmo que isso resulte na redução de algumas das outras coisas, saberemos como restaurar nossas conquistas”, declarou.
O trato acontece após uma forte pressão internacional, com repreensões de líderes mundiais e reuniões no Conselho de Segurança da ONU – uma resolução foi aprovada na semana passada. Em cerca de 45 dias de guerra, 13.702 pessoas morreram, sendo 12.300 em Gaza e outras 1.402 do lado israelense.