O presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, lidera o ranking com 5.721 processos sob sua relatoria, seguido por André Mendonça, com 3.162 processos. Quando sabatinado em dezembro, Dino tinha a previsão de receber 344 processos. A diferença no número de matérias pode ser explicada pelo Regimento Interno do STF, que permite a distribuição de questões urgentes ou cautelares para outros ministros.
Flávio Dino, indicado pelo presidente Lula, iniciará sua atuação no STF com processos de grande repercussão, como o que trata da legalidade do indulto de Natal concedido por Jair Bolsonaro em 2023 e uma ação da CPI da Covid-19 contra o ex-presidente. Além disso, ele será relator de casos envolvendo figuras políticas com quem conviveu, como o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e os senadores Chico Rodrigues e Telmário Mota, investigados por desvios de verbas públicas.
No entanto, Dino não votará em casos como a ADPF 442, que trata da descriminalização da interrupção voluntária da gravidez até 12 semanas, pois a ex-ministra Rosa Weber já havia colocado sua posição. Indicado após uma sabatina de mais de dez horas pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o ex-ministro da Justiça teve seu nome aprovado com 47 votos a favor e 31 contra no plenário, sendo o segundo pior desempenho de um indicado ao STF na atual composição da Corte.