Política

PEC da Unificação das Eleições: Reforma política propõe mandatos de 5 anos e Fim da Reeleição

Proposta aprovada na CCJ do Senado visa simplificar o sistema eleitoral, reduzir custos e fortalecer a democracia com eleições gerais...

Jonnie Roriz/Estadão Conteúdo

Proposta aprovada na CCJ do Senado visa simplificar o sistema eleitoral, reduzir custos e fortalecer a democracia com eleições gerais a cada cinco anos a partir de 2034.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, em 21 de maio de 2025, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 12/2022, que propõe mudanças significativas no sistema político-eleitoral brasileiro. As principais alterações incluem o fim da reeleição para cargos do Poder Executivo, a unificação das eleições para todos os cargos eletivos e a adoção de mandatos de cinco anos para todos os cargos.

Principais mudanças propostas pela PEC 12/2022:

  • Fim da reeleição para cargos do Executivo: A proposta elimina a possibilidade de reeleição para presidente da República, governadores e prefeitos. A medida visa promover maior alternância no poder e reduzir a influência do uso da máquina pública para fins eleitorais.
  • Mandatos de cinco anos para todos os cargos: Atualmente, os mandatos variam entre quatro e oito anos, dependendo do cargo. A PEC propõe unificar a duração dos mandatos em cinco anos para todos os cargos eletivos, incluindo senadores, deputados federais, estaduais, distritais e vereadores.
  • Unificação das eleições a partir de 2034: A proposta estabelece que, a partir de 2034, todas as eleições — municipais, estaduais e federais — ocorram simultaneamente a cada cinco anos. Atualmente, as eleições são realizadas a cada dois anos, alternando entre eleições municipais e gerais.

Potenciais benefícios para a sociedade:

  • Redução de custos eleitorais: A unificação das eleições pode gerar economia significativa de recursos públicos, uma vez que os custos com organização, logística e campanhas eleitorais seriam concentrados em um único pleito a cada cinco anos.
  • Maior estabilidade política: Com mandatos mais longos e sem a possibilidade de reeleição, espera-se que os governantes foquem mais na implementação de políticas públicas de longo prazo, em vez de ações voltadas para a reeleição.
  • Simplificação do processo eleitoral: A realização de todas as eleições simultaneamente pode facilitar o entendimento do processo eleitoral pelos eleitores e reduzir a sobrecarga administrativa dos órgãos eleitorais.

Críticas e desafios:

Apesar dos potenciais benefícios, a proposta também enfrenta críticas. Especialistas alertam que a unificação das eleições pode diminuir o foco em questões locais durante as campanhas, já que as disputas municipais ocorreriam junto com as estaduais e federais. Além disso, há preocupações sobre a capacidade da Justiça Eleitoral em gerenciar um processo eleitoral mais complexo, com um volume maior de candidaturas e cargos em disputa simultaneamente.

A PEC 12/2022 ainda precisa ser aprovada em dois turnos no plenário do Senado e, posteriormente, na Câmara dos Deputados. Se aprovada, as mudanças entrarão em vigor gradualmente, com a unificação das eleições prevista para 2034.

A proposta representa uma tentativa de reformar o sistema político brasileiro, buscando maior eficiência, economia e representatividade. No entanto, seu sucesso dependerá da capacidade de equilibrar os benefícios esperados com os desafios operacionais e políticos que a implementação das mudanças pode acarretar.

Fonte: Senado Federal/ CNN Brasil/ Folha de S. Paulo



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